24.8.10


















representing the real never motivated me a lot .. i am not interested in that vein, im not interested by the rough, the concrete. i like to mystify what i see, what i imagine. are almost as thoughts, my thoughts, they are my representation of reality. MY reality. wanna join it?~ I'll write a song we can sing together;

18.8.10

minha primeira tentativa (frustada) de desenhá-la.

















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aulas de gramática são produtivas.



















ficou branco demais ;x

Saiu de casa como não costumava fazer. Tinha esperado tanto tempo por aquela ligação mesmo sem perceber. Quantas vezes não se havia instalado próxima ao telefone e ali permanecera? Inúmeras. Mas hoje ela conseguira. Iria finalmente dar aula; mesmo que só por um dia, quem ligara? Conseguira um emprego por uma tarde.

Também, nunca se esforçou para qualquer que fosse a necessidade. Parecia carecer de vontades, de sonhos. Deixava-se levar.

Foi em direção à escola. Um, dois ônibus. Preencheu a burocracia que já havia sido combinada. Perguntou pela sala e foi conduzida – como durante toda sua vida – até lá. Eram crianças. Quando a funcionária da escola a colocou para dentro, antes de sair foi até seu ouvido e disse que havia folhas de sulfite na segunda gaveta do armário e lápis de cor nas prateleiras do fundo. “Peça para que desenhem” e saiu.

Sua cabeça atormentou-se. Estava sentindo-se estranha. Havia sido designada para algo. Em sua pequenês, ficou contente. Distribuiu as folhas, dividiu os lápis, sentou-se à mesa, que naquele dia seria sua, e deu o sinal para que começassem. Sentiu-se no comando. Estava por cima, finalmente.

Observando os ‘seus’ alunos desenharem, percebeu que um deles não se movera. Ficara parado diante do lápis, da folha, da mesa, da sala. Ela levantou-se. Foi até a carteira em que ele estava sentado e questionou-o. Ele, mudo, ergueu os ombros como quem se mostra indiferente.

- Vamos, pinte! Disse.

- ... - Parecia estar envergonhado.

- O lápis, vai! Aflita. Algo saía de seu controle e ela não gostava. Por que afinal não a obedecia? Tudo já estava estabilizado, por que ele atrapalhava seu dia?

Segurou a mão dele, pegou o lápis e riscou a folha. Um rabisco quase retilíneo cortou a clareza do papel. Azul.

Os olhos dele encheram-se de satisfação:

- Sai cor, tia!

Os dela tropeçaram em tudo o que estava à vista.

Despedaçou-se.

15.8.10













pra ficar tudo joia rara